O apoio (patrocínio) da liderança é a base que sustenta a gestão da ética e como consequência, qualquer programa de compliance. A maneira como a liderança da empresa ou organização lida com as questões éticas, determinará como toda a empresa lidará com ela. As atitudes da liderança serão percebidas por todos e consequêntemente, replicadas, imitadas e colocadas em prática. Seriedade no tratamento das questões éticas, por parte da liderança, implicará em seriedade no tratamento destas mesmas questões por toda a organização. Da mesma forma, indiferença e desprezo no tratamento das questões ética, fomentará o mesmo comportamento. Neste ponto, as atitudes corretas, fazem toda a diferença. Mas quais são as atitudes corretas da liderança, quando se trata da gestão da ética? Como elas devem ser apresentadas e percebidas por todos na organização? Seguem abaixos as principais atitudes que controem e solidificam a gestão da ética. A lista não é exaustiva, mas com certeza, todas listadas abaixo são essenciais. Interesse Genuíno: Está atento as questões éticas, não somente internas mas também externas. Questiona, busca informações, similaridades. Desafia as respostas prontas e evita tratar questões ética com superficiliade. Comprometimento Pessoal: Se posiciona sobre as questões ética. Todos conhecem sua opinião. Exerce seu poder de decisão para todas as questões, inclusive a polêmicas, evitando que os assuntos se arrestem sem decisão. Paga (e tem consciência) o preço por se posicionar e tomar decisões difíceis. Participa dos treinamentos de ética. Envolvimento: Incentive as discussões ética. É membro ativo do comitê de ética e compliance. Sempre toca neste assunto, em qualquer reunião. Mesmo sem agendamento prévio. Lidera a comunicação sobre assuntos éticos. Busca apóio em outras áreas, principalmente recursos humanos e jurídico, mas não fica refém das decisões e recomendações destas áreas (repetição e adoção, sem questionamento). Entende que questões éticas vão além das definições contidas na legislação ou dos regulamentos internos da empresa. Prioridade: Coloca as questões éticas acima das demais questões do seu dia a dia. Demonstra esta priorização com ações claras (ex.: não falta as reuniões do comitê de ética, monitora o prazo para solução das questões éticas e denúncias). Exige o cumprimento da agenda do comitê de ética. Humildade: Reconhece que ninguém nunca sabe tudo. Muito menos, quando se trata de questões éticas. Mantém portanto uma disposição constante para aprender e aprimorar seu bom senso e conhecimento na avaliação das questões ética. A liderança deve estar atenta e demonstrar as atitudes corretas quando se trata de gerir a ética. Novamente e sendo repetitivo, a ausência destas atitudes, serão imediatamente percebidas por todos na organização. E a falta destas atitudes, ou a demonstração das mesmas de maneira meramente pro forma, causam danos para todos. Um alerta final. Se a liderança tem interesse sincero na gestão da ética e está dedicando tempo adequado e constante ao assunto. Se o elementos do programa de compliance foram implementados. E mesmo assim, os resultados esperados não aparecem, não são percebidos, reavalie as atitudes da liderança em relação ao assunto. Talvez, o apoio alardeado (e planejado) não esteja acontecendo na prática.   Por: Equipe Insights Ética e Compliance Data: Setembro/2018